Penélope Brito foi morta a tiros, no Centro de Teresina, em 27 de agosto. Ex-marido foi indiciado pelo crime.
Desfile de 7 de Setembro em Parnaíba faz homenagem ao comandante da Guarda Civil assassinado — Foto: Luiz Gustavo Graça
O desfile cívico-militar de comemoração à Independência do Brasil homenageou, neste domingo (7), em Parnaíba, a comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Penélope Brito. Ela foi morta a tiros, no Centro de Teresina, em 27 de agosto.
Durante a exibição das forças de segurança, os guardas civis em uma das viaturas exibiram um banner com a foto de Penélope.
Além dela, o vereador Thiciano Ribeiro (PL) foi morto. O ex-marido de Penélope, o guarda civil Francisco Fernando de Oliveira Castro, foi indiciado por feminicídio majorado, homicídio qualificado — por motivo torpe, uso de meio cruel, perigo comum e impossibilidade de defesa das vítimas — além de tentativa de homicídio cometido.
'Se incomodava por ela ocupar posto de comando', diz delegado sobre guarda indicado por morte
Segundo a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Penélope relatou a uma amiga que se sentiu perseguida pelo ex-marido após o fim do relacionamento e que precisava de acompanhamento psicológico por estar ansiosa com a situação.
"Quando foi analisado, o contexto de relação do casal foi nos trazendo informações importantes, principalmente o contexto de abusividade que Penélope vivia na relação. Ele era extremamente grosseiro, e isso foi transportado por familiares, amigos próximos. Ele se incomodava pelo fato de Penélope ocupar um posto de comando de uma unidade que ele fazia parte", afirmou Nathália Figueiredo.
Ainda conforme a delegada, Penélope cogitou buscar medidas protetivas, mas desistiu. Um dos motivos foi saber que Francisco Fernando estaria em outro relacionamento.
Guarda foi indiciada por três crimes
O guarda civil Francisco Fernando de Oliveira Castro foi indiciado pelas mortes do comandante da Guarda Civil Municipal (GCM) de Parnaíba, Penélope Brito, e do vereador Thiciano Ribeiro (PL), e pela tentativa de homicídio do taxista Paulo César Lopes Pereira.
A guarda civil foi indiciada por feminicídio consumado e majorado; homicídio qualificado por motivo torpe, sem chance de defesa das vítimas, meio cruel e perigo comum; e tentativa de homicídio qualificado.
Penélope e Thiciano foram assassinados a tiros no dia 27 de agosto, no Centro de Teresina. O taxista Paulo Pereira foi próximo ao local do crime e foi ferido por estilhaços de vidro do próprio carro, atingido por um tiro.
O caso segue para o Ministério Público do Piauí, que decidiu sobre uma denúncia à Justiça.
Quem eram as vítimas?
Thiciano Ribeiro da Cruz, de 41 anos, foi o primeiro suplente do Partido Liberal (PL) na cidade de Parnaíba e substituiu o cargo de vereador no dia 12 de maio. Ele era advogado e foi secretário de transportes do município antes de assumir a função na Câmara.
Penélope Miranda de Brito era comandante da Guarda Civil Municipal de Parnaíba e recentemente atuou como secretária interina da Secretaria de Transporte, Trânsito e da Articulação com as Forças de Segurança. Ela deixa um filho de 5 anos, fruto da relação com o ex-marido.
Fonte: G1/PI
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